segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Nome...eu.Invenção de inventar.

Tenho 30 e poucos anos e um nome inventado. É, já nasci assim, sem seguir regras, normas e sem ter sido batizada com uma daquelas sugestões dos guias vendidos em bancas de revista com significados de nomes para bebês. Não carrego a culpa de carregar um nome que custou R$1,99. Eu carrego mais. Com meu nome inventando eu posso me dar o significado que eu quiser. Minha missão de vida é essa: me inventar e me significar. Sou aquela que ama demais, aquela que fala demais, aquela que escuta demais, sou o excesso bem calculado de uma vivência contida. Sou também um remendo, uma costura. Invento meu nome, invento meu significado, invento a vida que eu quero. Me amo e me rasgo e depois me remendo, me reciclo, juntando as partes que nunca perdi. Sonho com o futuro, invento o passado e não me contento com o presente. Da vida eu quero é mais. Não perco tempo com copos meio cheios ou meio vazios, meu copo tá sempre transbordando. Sigo minha estrada inventada, anuncio meu nome inventado e aguardo a porta certa se abrir. Porque um dia a porta vai se abrir, e caso não abra,eu chuto, porque quem se inventa, também não gosta de esperar. Movo meio mundo por quem amo e a outra metade eu movo por mim mesma, não deixo é nada parado. Me preparo para os outros 30 e poucos anos que ainda vou viver, e para, no final, tirar a média e me dar um significado. Se bem que já posso mandar incluir meu nome em um dos guias. - aquela que inventa formas de ser feliz, que inventa amores, que inventa beleza onde não há, que inventa felicidade onde só há dor, que se inventa e tenta ter a vida que ela inventou para si e de si.

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