domingo, 27 de junho de 2010

Mas também vale

É. Mas também vale. Vale e mesmo sem expectativas. Sem expectativas vou deixar a vida me levar e as coisas acontecerem afinal, à proimera vista a paixão não tem defesa.


"A primeira vista
A paixão não tem defesa
Tem de ser um grande artista
Pra querer se segurar
Faz tremer a perna
Faz a bela virar fera
Quando alguém que a gente espera
Quer se chegar

Só de pensar
Já me faz mais feliz
Nem bem o amor começa
Eu já quero bis

Chega e instala a beleza
No mesmo momento. . .

Ilusão tão boa
Quanto o astral de uma pessoa
Chega junto, roça a pele
E já quer se enroscar
Lê seu pensamento
Paralisa seu momento
Ao se encostar

Felicidade pode estar pelo sim
Às vezes do teu lado
Tem alguém afins

Chega e instala a beleza
No mesmo momento. . .

Vem andar comigo
Numa beira de estrada
Desse lado ensolarado
Que eu achei pra caminhar
Vem meu anjo torto
Abusar do meu conforto
Ser meu bem em cada porto
Que eu ancorar

Felicidade pode estar pelo sim
Às vezes do teu lado
Tem alguém afins

Chega e instala a beleza
Momento de sonho real..."

(Lô Borges e Ronaldo Bastos)

Quase um ano depois. Igual mas diferente

Há quase um ano não venho por aqui. Precisei reler para relembrar. Precisei reler para querer voltar. Volto igual, mas volto diferente. Volto percebendo que realmente "o essencial é invisível aos olhos". Volto e permaneço com a certeza que é preciso reiventar e concordar com o curso dos acontecimentos. Quando, como e porque as coisas acontecem? Pensamentos soltos que nos levam a tentar responder pelo menos uma dessas perguntas. Não sei. Não é impertativo saber. é imperativo deixar as coisas acontecerem sem expectativas. Relendo relembrei. Relembrando de épocas e situações percebi o quanto a expectativa nos leva a lugares que a gente nem imagina. Nos leva a vontades talvez desnecessárias se fossem reais. Como são expectativas a gente se frusta. Percebi nesse tempo como me frustei. A princípio com outras pessoas e situações. Mas não. Foi comigo, foram com as minhas expectativas. As pessoas e as situações são as mesmas. Exatamente as mesmas sempre. Eu é que as queria diferentes, do meu jeito. Como não foram,não me satisfizeram. Sofro. Sofro às vezes. Mas esta é a pergunta: o sofrimento é de fato por algo ou alguém real ou por algo e alguém criado por mim? Uma projeção de perfeição, de querer que o outro seja. Não é. Não será. Não como eu quero. Mas é e sempre será como é. E dessa forma não é o que eu quero. Mas eu quero a expectativa. E assim vai a eterna disputa entre a razão e a emoção. Já saber dessa diferença já é o início de uma nova caminhada. Sem expectativas.