terça-feira, 26 de outubro de 2010

Música que fala por mim

"Obrigado por tudo quanto
Você me fez por nada

Por nada se mata
E morre de amor
Não quero parecer com nada
No mundo porque

Apesar da entranha ferida
Donde eu saí pro nada
Do nada também se nasce

Uma flor com todo seu poder
De coloração e magia

Tudo isso é uma questão de saber
Saber viver
Tudo isso é uma questão de amar
Pra entender
Tudo isso é uma questão de querer
Reconhecer
Que quem sabe tudo
nada há de ser
, nesse compasso
Há espaço pra quem quiser viver

Muito obrigado
Muito obrigado
Muito obrigado
Por tudo que eu tenho passado
"

Djavan

domingo, 24 de outubro de 2010

Eu quero é botar meu bloco na rua

"Há quem diga que eu dormi de touca
Que eu perdi a boca
Que eu fugi da briga
Que eu cai do galho e que não vi saída
Que eu morri de medo quando o pau quebrou
Há quem diga que eu não sei de nada
Que eu não sou de nada e não peço desculpas
Que eu não tenho culpa
Mas que eu dei bobeira

E que Durango Kid quase me pegou
Eu quero é botar meu bloco na rua
Brincar, botar pra gemer
Eu quero é botar meu bloco na rua
Ginga pra dar e vender
Eu por mim queria isso e aquilo
Um quilo mais daquilo
Um grilo menos nisso
É disso que eu preciso

Ou não é nada disso
Eu quero é todo mundo nesse carnaval
Eu quero é botar meu bloco na rua...
Há quem diga que eu dormi de touca...
Há quem diga que eu não sei de nada...
Eu quero é botar meu bloco na rua..."

É isso. Vamos carnavalizar!!!!

Então...

Não precisei de uma semana. Hoje. Menos de cinco dias depois. Foi isso. Deu certo em partes, consegui o que queria. Vamos ver se acontece.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Perspectivas

Planos, desafios e sonhos. Eles são necessários para darmos sequência na vida. A vida sem planos, sem projetos, sem sonhos transforma-se na tarde morna e cinza do dia interminável. Tenho planos. Tenho sonhos. Tenho perspectivas. A partir daí parto para uma nova empreitada. Concorrendo? Sempre. Comigo,com os outros e com os planos. Querendo? Sim. Muito. Mas colocando nas mãos de Deus para que ele me guie pelos melhores caminhos. Daqui há uma semana acredito que escreverei sobre este resultado. Positivo, espero. Muito. Sucesso.

Sem garantias

"Não existem garantias. Sob a perspectiva do medo, nada é suficientemente seguro. Sob a perspectiva do amor, nada é necessário". Emmanuel

Não adianta medo porque a insegurança aparece em cada fresta.
Não resolve amor, porque nada seria necessário se o amor realmente fosse percebido.
Quando nada é necessário é porque o tudo que se tem neste amor é suficiente.
Quando tudo o mais era necessário,além de você e do que você e tudo o que circulava a relação, era porque não era amor.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Quando o amor torna-se inútil

"Quando o amor é grande demais torna-se inútil: já não é mais aplicável, e nem a pessoa amada tem a capacidade de receber tanto. Fico perplexa como uma criança ao notar que mesmo no amor tem-se que ter bom senso e senso de medida. Ah, a vida dos sentimentos é extremamente burguesa."

"Uma vez irei. Uma vez irei sozinha, sem minha alma desta vez. O espírito, eu o terei entregue à família e aos amigos, com recomendações. Não será difícil cuidar dele, exige pouco, às vezes se alimenta com jornais mesmo. Não será difícil levá-lo ao cinema, quando se vai. Minha alma eu a deixarei, qualquer animal a abrigará: serão férias em outra paisagem, olhando através de qualquer janela dita da alma, qualquer janela de olhos de gato ou de cão. De tigre, eu preferiria..."

Clarice Lispector

domingo, 17 de outubro de 2010

Até prá morrer você tem que existir

Recomeçar causa medo. O conforto mesmo que desconfortável de se estar em um lugar é mais comodo. Mas não pode ser mais. Há algo que acabou e não por pirraça, por necessidade de acaber, por questões feitas pelo outro ou por vc mesmo. Na verdade acabou porque acabou o sentimento dos dois. Ninguém sente mais. O outro já demonstrou com atos e falas que o sentimento acabou e vc, mesmo sem querer admitir, começa a refletir o que te prende. O que te prende é a existencia de um sentimento que não existe. O que te prende é um medo de perder algo que vc já não tem. Chega. é hora de recomeçar. Nada se sustenta sem paixão. Apesar do medo, não adianta mais resistir. É hora de compreender e com o tempo ver que já foi, já passou e já passou há muito tempo. A vida tem que te reservar outros rumos, outros horizontes e por mais que cause medo, dor e espanto vc precisa deixar ainda mesmo que pequeno o sentimento existir, porque como diz o Otto "até prá morrer voce tem que existir". Depois de tanta decepção, este sentimento só existe hoje com o objetivo de morrer.

domingo, 3 de outubro de 2010

Sem mais prá dizer

Primeiro você me azucrina
Me entorta a cabeça
Me bota na boca
Um gosto amargo de fel...

Depois
Vem chorando desculpas
Assim meio pedindo
Querendo ganhar
Um bocado de mel...

Não vê que então eu me rasgo
Engasgo, engulo
Reflito e estendo a mão
E assim nossa vida
É um rio secando
As pedras cortando
E eu vou perguntando:
Até quando?...

São tantas coisinhas miúdas
Roendo, comendo
Arrasando aos poucos
Com o nosso ideal
São frases perdidas num mundo
De gritos e gestos
Num jogo de culpa
Que faz tanto mal...

Não quero a razão
Pois eu sei
O quanto estou errado
E o quanto já fiz destruir
Só sinto no ar o momento
Em que o copo está cheio
E que já não dá mais
Pra engolir...

Veja bem!
Nosso caso
É uma porta entreaberta
E eu busquei
A palavra mais certa
Vê se entende
O meu grito de alerta
Veja bem!
É o amor agitando o meu coração
Há um lado carente
Dizendo que sim
E essa vida dá gente
Gritando que não...

Gonzaguinha

A arte de ser leve

Hoje comprei um livro da Leila Ferreira com este título. É isso que eu preciso hoje e acho que todo mundo. Na verdade, vejo que as coisas desandam na maioria das vezes pelo peso que lhe são colocados e pelo peso da gente mesmo. Transcrevo aqui alguns trechos que neste início de leitura já me fizeram pensar ainda mais na importância de se tentar ter uma vida leve.

" "Tem gente que vem pro mundo de caminhão e tem gente que vem de bicicleta. Eu sou da turma da bicicleta." Acostumada a arrastar baús cheios de ansiedade e de medos, tive certeza, naquela hora, de que estava na outra turma: a das carretas com excesso de carga, que trafegam perigosamente por estradas sem acostamento. Pensei no tamanho do Scania que usava para transportar minhas complicações e decidi que era hora de mudar de vida. Isso em um primeiro momento. Depois vi que "mudar de vida" era uma meta muito ambiciosa. Mas existe a perspectiva de mudança." (...)

" "É preciso ser leve como o pássaro e não como a pluma" A pluma flutua - um voo sem plano, sem direção, sem desafios. Os pássaros riscam o ar com precisão, colocam a leveza a serviço do existir. Uma pedra pode interromper o voo, mas até que isso aconteça as asas sabem como e onde ir. Quando penso em leveza, penso na possibilidade de sermos pessoas capazes de deixar o mundo menos opaco, menos pesado, menos inerte. Pessoas que se sentem melhor com elas mesmas e são mais agradáveis, mais delicadas, mais generosas. Acima de tudo, pessoas que conseguem também fazer a viagem (cada vez mais rara) de sair delas próprias para enxergar o outro."

"Corremos o perigo de emagrecer o corpo e ficar com obesidade mórbida de espírito. Corpos rijos e enxutos, circulam num mundo cheio de almas adiposas, engordadas pela autocomplacência. Com o corpo, todo rigor é pouco, mas nos perdoamos com enorme facilidade por nossa impanciência, nossa falta de civilidade, nossa incapacidade de ouvir, nossa rispidez. Não são apenas os outros que nos rodeiam que saem perdendo. O peso afeta profundamente a pessoa que o carrega - ainda que não perceba. Seres que passam a vida arrastando correntes são infelizes. Almas gordas, mais que intoxicar os outros, intoxicam-se."


Depois de ler tudo isso, pretendo reafirmar o que já venho dizendo há tempos: é NECESSÁRIO ser leve. Meu Deus, como isso é importante para se viver melhor. Meu Deus como preciso praticar isso diariamente e procurar me rodear de pessoas que comungam desse meu pensamento...

O "talvez" foi mais forte que o brilho

Se era um "talvez" era pq não tinha certeza. Nunca se tem. Mas um "talvez" ofuscou o brilho instantâneo. Era um brilho fosco que se acendeu com uma esperança e com promessas e se apagou com mais uma decepção. Se apagou pelas dúvidas, pelas expectativas diferentes e pela falta de valorização do que se sente. Talvez ainda brilhe mesmo assim? Não sei. Mas se naquele dia do post abaixo havia uma dúvida carregada de esperança enorme de brilhar e uma vontade enorme de fortalecer esse brilho, hj essa esperança está cansada, decepcionada. Triste e sem entender o porque o esforço para fazer brilhar e o compromisso com a verdade não foram os mesmos dos dois lados. Urgência emocional. Talvez...