domingo, 21 de novembro de 2010

Assim como os gatos

Eu amo meus gatos. Sempre gostei de bichos, desde criança sempre estive cercada por eles e nos últimos quatro anos convivo muito mais próxima deles porque moram comigo. Divido minha casa, minhas noites, meus finais de semana.. sempre com eles quando estou em casa e vendo neles o carinho despretensioso e o amor quase incondicional. Amo-os e os respeito pelo sentimento e momentos que me dedicam de graça. Eu os trato bem e eles me retribuem. Simples.

Cada dia na minha vida tenho mais a certeza que o ser humano precisa aprender mais com os animais. Ninguém tem culpa de dedicar seu sentimento ao outro. E ao contrário dos animais, percebo que para algumas pessoas, a gente lhe dedicar um sentimento, um telefonema, uma conversa, um amor... ao contrário dos gatos, elas se sentem ofendidas ou seguras demais, não sei. Não pensam em cultivar o sentimento, mesmo que seja de longe. Eu quero cultivar o sentimento dos meus gatos por mim. Não os quero rebeldes, me arranhando, correndo e escondendo com medo de mim. Quero que eles percebam que vale a pena eles dedicarem a mim este sentimento. Ao contrário dos gatos, às vezes percebo que algumas pessoas dão a entender que estão ofendidas por você nutrir este sentimento por elas e acabam te ofendendo de graça. Dá a enteder que a segurança do seu sentimento não requer cuidado, pode pisar, brigar, maltratar e a pessoa pensa que você estará sempre alí. Pode até ser que um dia vc tenha feito algo que ofendeu (assim como já fez aos gatos em algum momento), mas talvez amenizar, relevar... seria melhor. Sempre que passo por isso, imagino um dos meus bichanos me acarinhando, roçando meu pé como sempre fazem e de repente eu lhes chutar, brigar, xingar. Acho que eles pensariam exatamente o que eu penso quando isso acontece comigo. Não pode dedicar um sentimento, isso é ruim? Então tenho que me afastar?

Diante de tudo isso, tenho certeza que ainda precisamos muito aprender com os gatos e tratar com mais carinho quem nos quer bem e nutre por nós um sentimento sem cobrar muito, a não ser um afago, um respeito e um gesto de delicadeza. Porque tal qual os gatos, quando o oposto de tudo isso acontece, a gente se sente muito mal.

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