sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
O amor foi assassinado
O amor não acaba simplesmente. Ele não morre de repente. Ele é assassinado. E normalmente não é um assassinato rápido, com um tiro certeiro. É um assassinato lento e cruel. Um assassinato a conta gotas. Ele vai sendo assassinado lentamente só que toda morte lenta é mais dolorida. E dói muito. Mas ele vai morrendo. Ele vai percebendo que está sendo assassinado e não consegue fazer nada. Fica alí, tentando sobreviver, lutando até o último momento por um vilete de vida que ainda lhe resta. Grita por socorro mas não é ouvido. Clama por uma ajuda, pede silenciosamente ao seu assassino que não faça isso. Chora, lamenta... o amor é forte e verdadeiro e só por isso luta. Mas por mais que lute uma hora seu assassino consegue o que aparentemente vem tentando a muito tempo. E aí aquele amor que era lindo, carinhoso, frágil, sincero e lutador,morre, aos poucos, devagarinho, sorrateiro, sofrendo... mas neste momento ele percebe que precisa entregar os pontos porque está muito mais morto do que vivo. É, depois de várias tentativas seu assassino saiu vencedor de uma luta desigual que ele travava consigo mesmo. Porque ele nem percebeu que o amor estava presente a todo momento com a intenção de fazê-lo feliz. E agora, depois de tudo o que o assassino fez, ele conseguiu matar o amor que existia.O amor morreu. Foi assassinado. E o que morre não ressucita. Com o amor não é diferente.
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